Já aconteceu de você chegar numa exposição de arte e, atônito, se perguntar: isto é arte? Se sim, fique tranquilo, por que não é o único!
Quem cresceu cobrindo as linhas pontilhadas que a tia dava na pré-escola, desenhando paisagens e animais que brincavam com crianças felizes, estranha mesmo quando vê um cavalo dentro de um museu. Ou um vídeo em que uma mulher agoniza no leito de morte; uma sala cheia de mulheres usando somente sapatos de salto alto; um sujeito que pede a um amigo que lhe dê um tiro no dia da abertura da exposição. Ou ainda, quando ouve falar que um cara embrulhou em plástico o parlamento alemão (A foto acima: 1999. Os artistas Christo e Jeanne-Claude embrulharam o Reichstag após um incêndio que ocorreu em 1933).
A arte sempre foi o resultado do seu tempo e agora não é diferente.Sempre dependeu das mídias e tecnologias disponíveis. E os artistas sempre foram os representantes do inconformismo, da necessidade intrínseca do ser humano de expressar-se de todas as maneiras.
Dando uma rápida pincelada para definir a arte atual, ela é algo mais que apenas beleza. É provocação, expressão, manifestação, reflexão, crítica. O objetivo principal da arte, no meu ponto de vista, é causar um sentimento humano. Seja de atração, repulsão, empatia ou estranhamento. O que valoriza ou não um trabalho é a maneira como isto é feito. Depende da habilidade do autor, do contexto e da motivação. Violência, imigração, etnias, gênero, marginalização, sexualidade todos são temas comumente abordados. Importa, no fim das contas, a história que é inventada ou contada. A atitude por trás do trabalho.
Estamos em uma sociedade que produz, consome e transmite imagens freneticamente. Assim, a expressão artística nos encerra, nos cerca e nos faz protagonistas. E a arte serve para nos ajudar a compreender a nós mesmos e o mundo que nos acolhe.
Um comentário:
Lindo teexto !
Postar um comentário