Um dia, depois dos trinta, resolvi entrar numa escola de artes para aprender o tal desenho. Ilusão. A metodologia de lá não era clássica, disseram. Estou há quatro anos, na porta da saída e o tal aprender a desenhar que fui buscar, não encontrei. É verdade que me ajudou em muitos outros aspectos da percepção visual, mas desenho... não.
Foi Danny Gregory com seu maravilhoso livro The Creative License: Giving yourself permission to be the artist you truly are que me cortou as amarras. Ao dizer que todo mundo pode desenhar, ele mostra maneiras simples para começar e dicas valiosas para não parar quando as coisas não ficarem do jeito que os outros gostariam.
A primeira e mais valiosa de todas as dicas: desenhe sempre, desenhe tudo, desenhe qualquer coisa, desenhe já. Sem editar, sem apagar, sem corrigir. Mas desenhe.
A segunda dica que me serviu: não mostre aos outros se você não está preparado para ouvir o que teêm a dizer. Desenhe para você e não para uma exibição pública.
A terceira e útima dica: arranje um livro, um caderno sem pauta e faça um diário desenhando tudo que você tiver em casa. Do seu jeito. Pare, olhe, desenhe.
Estou fazendo o meu caderno mas ainda não estou pronta para mostrar. O desenhista adormecido ainda não está totalmente acordado, mas estou insistindo. Um dia quem sabe. Ah! Não sou professora como os adultos desejaram um dia, mas nunca é tarde quando se está vivo, não é verdade?
Sobre o livro: Em português, o título é mais ou menos A licença criativa: dando a você mesmo permissão para ser o artista que verdadeiramente é. Não encontrei no Brasil. Mas na Amazon, você pode comprá-lo por U$10,88 mais as taxas. 198 páginas. Em inglês.
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